GERAÇÃO REMANESCENTES DE QUILOMBOLAS

A palavra quilombo tem origem no idioma kibundo, uma língua africana derivada do bantu, língua falada principalmente pelos povos da região na qual fica Angola. Um dos significados originais do termo é: local de descanso ou local para acampamento. Isso porque boa parte dos povos que viviam naquele local da África eram nômades, no período pré-colonial. No período colonial brasileiro, o termo passou a ser usado para designar o espaço no qual ficavam refugiadas as pessoas escravizadas. Virou esconderijo e liberdade. De forma mais contemporânea, a palavra quilombo é empregada também para se referir às comunidades de pessoas negras, descendentes de ex-escravizados, que ainda mantêm tradições culturais, modo de produção agrícola e vinculação com a natureza similares à forma que seus antepassados faziam.

São Roque na Pedra Branca teve seus ancestrais quilombolas fugidos das fazendas pecuaristas do alto da serra. Com bravura resistiram a escravidão e a formação da recente república brasileira que os manteve invisíveis. O tempo passa e são registradas gerações inteiras de seus descendentes que guardam em si as marcas da história e de seu passado. Praia Grande se orgulha de manter essa história e tradição de luta e resistência. Por isso, hoje, o Quilombo do São Roque é sinônimo de preservação da cultura e da identidade.

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Fonte: Secretaria Municipal de Cultura.
Fotos: Acervo Municipal.
Redação: Frank Cardoso Lummertz.