Rua Abel Esteves de Aguiar

“A Rua Abel Esteves de Aguiar nos convida a um passeio no tempo. Sendo a rua mais antiga da cidade, seu traçado foi feito pelos cascos das mulas, o tilintar dos cincerros e a tropa de gado passando (e quanta tropa estourou!). No início do século XX, o centro comercial era Molha Coco (atual Vila Rosa), porém devido ao crescimento do comércio para atender as necessidades dos tropeiros, o vilarejo de Praia Grande sofreu algumas mudanças em sua estruturação interna. Alguns comerciantes de Molha Coco e várias famílias vieram tentar ganhar a vida aqui e acabaram se instalando na antiga rua das Tropas. A rua chegou a ter um grande número de casas de comércio, entre elas, casas de secos e molhados, atafona, descascador de arroz, engenho de açúcar, torrefação de café, botica (farmácia), selaria, curtume, ferraria, fábrica de bolacha, dentista. Foi também iniciada ali os ensinamentos e a construção da igreja Anglicana. Abel Esteves de Aguiar, antigo morador e incentivador do comércio local chegou a colocar o nome da pequena vila, de Vila Rosenda, prestando também homenagem a sua primeira esposa já falecida. O nome “Vila Rosenda” chegou a ser colocado em alto-relevo na casa em que residia. Tinha também instalada em 1929, a primeira usina do distrito de Araranguá a gerar energia elétrica, aproveitando as águas do rio Mampituba. Por volta de 1940, por motivos econômicos, político e religiosos, o centro comercial foi aos poucos se deslocando para próximo da capela católica que ficava na atual praça central de Praia Grande. Abel sempre acreditou e sonhou com o desenvolvimento de Praia Grande com a abertura da Serra do Faxinal, obra essa que ele não chegou a ver finalizada. Em 20 de agosto de1960, como forma de reconhecimento o então prefeito José Inácio Junior através da Lei nº10/60 denomina “a rua que parte da ponte do rio Malacara para o lado da serra Avenida Abel Esteves de Aguiar”. Falecendo em março de 1977, Abel Esteves de Aguiar, pôde, ainda em vida, desfrutar do orgulho em caminhar em uma rua que até hoje leva o seu nome.” Renata Carreira Corvino – Historiadora   Acervos: Rosenda Cardoso de Aguiar; Suesia e Solvia; Diná da Silva; Carlos Alberto Inácio.