Emancipação Política de Praia Grande

A Emancipação Política de Praia Grande, nas palavras do primeiro Prefeito Gualberto Elias…

“Eu […] tinha ideias emancipacionistas e era entusiasmado pelo calor trazido pelos capuchinhos. Com o apoio irrestrito do sogro [Gervásio Esteves de Aguiar] que me dispensava sempre que necessário da presença no estabelecimento comercial, viajei a Florianópolis para visitar a Assembleia Legislativa Estadual. O objetivo era buscar a orientação necessária junto a pessoas que já conhecia, as quais fazia parte do governo, no sentido de dar procedimento à elaboração de um projeto de autonomia municipal, junto ao Legislativo.
Então, atendendo às instruções, comecei a juntar dados estatísticos que se fazia necessário, tais como: quantidade de eleitores, número de habitantes, mapa da região, renda per capita, movimento agropecuário, comercial e industrial. […] Sem desanimar, juntei tudo o que foi possível e necessário para protocolar no Legislativo Catarinense. As viagens eram difíceis (…). Era estrada de chão.
Depois de muitas idas e vindas, a persistência levou ao êxito e, em conformidade com a lei de número 348, de 21 de junho de 1958, foi aprovada a autonomia municipal de Praia Grande […].”
Nascia em 19 de julho de 1958, o município de Praia Grande, que teve como prefeito o Sr. Gualberto Elias, nomeado por ato do Governo do Estado, em 19 de julho de 1958, assumindo de 1958 administrando até janeiro de 1959.
“[…] nomeei minha esposa como secretária, sem vencimento, mas com poderes para assinar. Eu fazia todo o trabalho da pequena prefeitura.
Os respectivos trabalhos administrativos, inerentes ao novo município, foram instalados na antiga loja do Sr. Hercílio Tomás de Souza (Ciloca), cedida gratuitamente. As mesas e cadeiras eram do salão do amigo Pedro Meleiro, que foram trazidas por empréstimo, e a máquina de escrever, era do ex-banqueiro.”

Fonte: ELIAS, Gualberto. Memórias e Relatos. Torres/RS, 2008, p. 45-47.